Carros, motos, caminhões
buzinas a todo instante,
o movimento frenético das pessoas nas ruas,
o andar apressado em busca de algo mais.
O barulho dos papéis que voam nas repartições,
o som das conversas e das falas sobre os problemas do dia-a-dia,
o zunido do ar condicionado,
a incessante sonoridade das teclas ao digitar.
A impaciência pelo não passar das horas,
e por tudo aquilo que tira a concentração,
a certeza de que tudo isso não tem haver
com o que realmente tem importância.
O ponteiro do relógio acerta o alvo,
posso ir embora,
um alívio momentâneo,
pois ao sair dali volto ao início.
Carros, motos e caminhões,
pessoas reclamando do trânsito,
viaturas com suas luzes brilhando,
muito tempo perdido até chegar em casa.
Finalmente abro a porta,
penso o quanto é bom estar aqui,
deixar pra trás todo o dia que passou,
pelo menos por algumas horas.
Acordo e penso que tudo vai se repetir,
não posso deixar mais isso acontecer,
preciso mudar minha vida,
preciso cuidar mais de mim.
Reajo,
vou na direção contrária a tudo,
não me importo com o que vão falar,
preciso sobreviver.
Na hora de deixar este mundo,
tudo o que importa é a certeza
de que fui feliz,
e que minha vida valeu a pena.
quinta-feira, 27 de março de 2008
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2 comentários:
É isso..faça a diferença!
Gosto do seu incômodo crítico, de qnd tudo parece normal pros outros mas vc vê, sente a diferença, se incomoda e coloca pra fora.
To gostando de te ver escrever..
beijo amor
Fausto, isso é fantástico!
=]
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