Os avanços tecnologicos concebidos nas últimas decadas tem nos fornecido uma série de opções e acessibilidade a coisas que até 10 anos atrás não tinhamos parado pra pensar. A internet e outras ferramentas funcionam como um cardápio, cheio de possibilidades, bastando que você escolha a que mais te agrade e que te possibilite maior facilidade na sua vida. Mas como todas as coisas, a rede internacional de computadores não é só benefício. Aliada ao nosso estilo de vida, baseado no modo de produção capitalista, que norteia na própria dinâmica deste modo de produção, faz com que as pessoas se distanciem cada vez mais. Um reflexo disso é que ferramentas usadas para comunicação a distância, hoje são comercializadas como bens indispensáveis a qualquer um que tenha um mínimo conhecimento e acesso a informática. O MSN, o blog, viraram as sensações do momento, substituindo o contato pessoal pelo contato virtual.
Especificamente sobre o blog, a que me atenho a comentar, percebo que o número de pessoas que o utilizam vem aumentando exponencialmente( me incluo nesse bolo também), mas, ao mesmo tempo em que utilizo dos seus serviços, minha mente não para de pensar sobre o fato de que as pessoas, por não mais verem as outras como "pessoa" as substituem por mecanismos virtuais. Não é raro ver usuários que passam horas e horas a frente do computador, sem se preocuparem em terem contato com "seres humanos"... é, vou mais além; sem sentirem a necessidade de trocar um olhar, uma palavra, um gesto com o outro. Isso me intriga. Me faz pensar no seguinte: será que nós arranjamos um meio de substituir as pessoas? será que conseguimos um meio de não mais precisar do outro? Será que o amigo, aquele amigo do peito, confidente que te ajuda nas horas difíceis tem substituto? Pelo menos ao que vejo, para o amigo confidente, pra quem você pode contar coisas que te aflinge, que te revolta ou simplesmente que você pode conversar sobre algo, já tem um substitudo...se chama BLOG. Mas tem um porém, o blog não pode ser seu amigo, por que ele não é pessoa.
Especificamente sobre o blog, a que me atenho a comentar, percebo que o número de pessoas que o utilizam vem aumentando exponencialmente( me incluo nesse bolo também), mas, ao mesmo tempo em que utilizo dos seus serviços, minha mente não para de pensar sobre o fato de que as pessoas, por não mais verem as outras como "pessoa" as substituem por mecanismos virtuais. Não é raro ver usuários que passam horas e horas a frente do computador, sem se preocuparem em terem contato com "seres humanos"... é, vou mais além; sem sentirem a necessidade de trocar um olhar, uma palavra, um gesto com o outro. Isso me intriga. Me faz pensar no seguinte: será que nós arranjamos um meio de substituir as pessoas? será que conseguimos um meio de não mais precisar do outro? Será que o amigo, aquele amigo do peito, confidente que te ajuda nas horas difíceis tem substituto? Pelo menos ao que vejo, para o amigo confidente, pra quem você pode contar coisas que te aflinge, que te revolta ou simplesmente que você pode conversar sobre algo, já tem um substitudo...se chama BLOG. Mas tem um porém, o blog não pode ser seu amigo, por que ele não é pessoa.
2 comentários:
Acho bem pertinente sua posição, e até concordo com ela em parte. Acho também que esse universo virtual acaba afastando as pessoas, quando suas ferramentas podem ser utilizadas para fins pessoais. Na verdade se limita a um grupo de pessoas que estão mais próximas. Agora e para fins educativos? Conheço uma experiência de um blog acadêmico que a finalidade é trocar idéias e experiências entre professores e dá certo. Penso que isso pode ser feito com diversas faixas etárias e até com crianças também , tanto que estou me propondo a fazer isso.
A questão é: como nós podemos usar esta "ferramenta" ao nosso favor e aprofundar o diálogo mesmo a distância?
Caímos também num conceito de "ferramenta" em que no campo pedagógico, mais especificamente educação a distância se tem discutido muito. Mas aí já dá pano pra outra manga e aqui não cabe tudo.
Pessoalmente a gente enriquece mais.. hahahahahaha!
beijão
Bem, o que quis mostrar aqui é o fato de que muita gente tem se internalizado atrás de uma máquina e por inúmeras razões, pessoais, profissionais etc. Mas o que quero deixar claro é que esta forma de introspecção tem um reflexo malígno na nossa sociedade. estamos deixando de ser e não estamos vendo o outro como "pessoa". Cada vez mais nos tornamos "seres virtuais".
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