quinta-feira, 31 de julho de 2008

O que é isso companheiro!

Essa semana me surpreendi com uma conversa que tive com uma pessoa. Estava num aniversário, e até surgir o assunto tão controverso que me levou a escrever, estava me controlando para não entrar na roda das conversas que surgiam. Mas ai, vem o papo sobre educação. Foi quando ouvi uma frase que me doeu os ouvidos. Um cara que estava lá falou que quem vive na rua, quem fica nas sinaleiras, os guardadores de carro etc, não estão na escola porque simplesmente não querem. Bom, aí, quem me conheçe sabe que eu não iria aguentar calado. Começaram então as discussões: eu, com um discurso de mudança, de coscientização, e até de revolução. E o cara com uma verborréia de morte aos miseráveis, de ideais burgueses, de manutenção do poder nas mãos das classes dominantes.
Porra, foi difícil a conversa, manutenção X mudança. Os olhares já tinham se voltado para a "tagarelância" de ambos, e acho que principalmente para a minha, porque sentia os olhares das pessoas a minha volta. Não era um olhar de concordância ou de discordância, acho que era um olhar de saia daqui porque a gente não quer ouvir essa besteira de mudar nada!
O resultado da coversa foi o de que não conseguimos concordar com nada, e para terminar de vez o papo, as mulheres nos mandaram calar a boca porque já estavam achando que ia rolar um fight no aniversário.
Será que só eu tô achando que o Brasil tá uma merda???!!!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Redescoberta


O São João me fez voltar a minha infância. Lembro de quando era pequeno e lá em casa tinha uma pilha de discos. Dificilmente alguém os ouvia, mas quando chegava o São João era massa!!! A gente passava todo o período ouvindo só os clássicos do forró. Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Luis Gonzaga, Trio Nordestino, Cremilda, Sandro Becker e muito mais. Disso realmente eu tenho saudade!
Que bom que nesse ano eu voltei à infância e me lembrei o quão é maravilhoso essas lembraças e voltar a ouvir essas figuras. Muitas delas esquecidas. Uma pena! Iguais a eles não existe mais.

Se puderem escutem, foi daí que o forró começou a surgir. Principalmente Jackson do Pandeiro.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Crise

Nos últimos 20 anos esta palavra se tornou uma rotina nas nossas vidas. Aliás, será que em alguma época não estivemos em crise?
Desde que o Brasil é Brasil não ouvimos falar em nada que não tenha uma falcatrua, uma armação para alguém se dar bem as custas dos outros. Foi assim na independência, comprada nas mãos da poderosa Inglaterra, foi assim na proclamação da república pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que até um dia antes da proclamação era monarquista de carteirinha. Só virou a casaca porque viu a possibilidade de tomar o poder e ser o primeiro presidente. Mas não quero me focar no passado. A verdade é que estamos na merda como diria o Mombojó.
Somente nos últimos dois anos passamos por incontáveis números de crises. Veio o mensalão e a crise dos deputados,(José Dirceu e Roberto Jeferson, etc.), o apagão aério e a crise dos controladores de vôo. A crise da Policia Federal, que estava prendendo muita gente influente e tinha que dar um tempo porque senão o bicho ia pegar pra Lulalá. Aí veio a crise da Ministra Martha Suplicy com o relaxe e goze, mais a crise do judiciário e a máfia das propinas pagas a juízes e oficiais de justiça, a crise dos presídios(essa é velha, mas tá sempre na moda), da FEBEM, que embora já nao exista a muito tempo os burros dos noticiários ainda comentem o mesmo erro, e por ai vai. Crise da segurança pública, dos traficantes, das prostitutas, da construção civil, da TV digital, da inflação, do Banco Central, teve a crise do AEROLULA, que já estava velho, teve a crise dos índios também, alias a deles são duas. Uma de indentidade, porque muitos deles são riquissimos, grandes exploradores de pedras e metais preciosos, mas tem também os índios pobres, por que não?? Tem os que tem que invadir a FUNAI pra ter um pedacinho de terra pra plantar, teve até a crise da masculinidade(essa Ronaldinho foi o protagonista), teve também a da marcha da maconha e que foi proibida. Tem crise pra todo mundo.
Ahhhh!!! Teve a crise da Isabela Nardonni, essa está até hoje nos jornais. E agora tem a crise do traficante que tinha R$ 280.000,00 debaixo do colchão. Coitado do agente penintenciário...se ele soubesse que tinha essa grana toda não tinha chamado a imprenssa. E o pior de tudo! O diretor do presídio foi quem armou a operação pra pegar o cara, e ele é que foi exonerado. Entenda uma porra dessa????!!!!!
Eu também quero ter a minha crise. Quero me amoldar ao jeito de ser do meu país. Se eu ficar sem uma crise vou ser um excluído social.
Agora, pare pra pensar. Se esses caras que estão cheios da grana tem tanta crise e tantos problemas imagine os que moram na favela, os que moram no sertão, onde não tem uma gota de água nem comida.
Pra não sair do tema quero dizer que entrei em profunda crise por ter escrito isso e finalmente tive a minha própria crise.


AAAAAAAAAAÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊE!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Alegria

Alegria de viver
De chorar
De pensar.

Alegria de ver o tempo passar
De ver as coisas acontecerem
Alegria de mudar.

De abrir os olhos
De sentir o calor do sol
Alegria de sentir o mar.

Alegria de ver nos pequenos gestos
Grandes ações
Alegria de sentir o calor dos coreções.

Das pessoas que te querem bem.
Alegria de amar.
Alegria de ser feliz.

De estar com a pessoa amada
De sentir o calor confortável de um abraço
Alegria de estar coladinho.

De dormir junto quando faz frio
De compartilhar um segredo
Alegria de ter um amigo.

Alegria de ver como é única e bela
Essa vida
Simplesmente alegria.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Música

Preciso tocar, botar pra fora os fantasmas que rondam minha cabeça.
Espantar...
Vixe... que deprê dos infernos.
Sai daí coisa ruim. Vai atentar outro.

Viagem.

Veja como o ser humano é curioso. Agora que eu escrevi que não tenho tido vontade de escrever é que estou escrevendo sobre o não escrever.

Vontade.

Não tenho tido muitas vontades ultimamente.
Escrever é somente uma das vontades que não tenho tido.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Vida.

Carros, motos, caminhões
buzinas a todo instante,
o movimento frenético das pessoas nas ruas,
o andar apressado em busca de algo mais.

O barulho dos papéis que voam nas repartições,
o som das conversas e das falas sobre os problemas do dia-a-dia,
o zunido do ar condicionado,
a incessante sonoridade das teclas ao digitar.

A impaciência pelo não passar das horas,
e por tudo aquilo que tira a concentração,
a certeza de que tudo isso não tem haver
com o que realmente tem importância.

O ponteiro do relógio acerta o alvo,
posso ir embora,
um alívio momentâneo,
pois ao sair dali volto ao início.

Carros, motos e caminhões,
pessoas reclamando do trânsito,
viaturas com suas luzes brilhando,
muito tempo perdido até chegar em casa.

Finalmente abro a porta,
penso o quanto é bom estar aqui,
deixar pra trás todo o dia que passou,
pelo menos por algumas horas.

Acordo e penso que tudo vai se repetir,
não posso deixar mais isso acontecer,
preciso mudar minha vida,
preciso cuidar mais de mim.

Reajo,
vou na direção contrária a tudo,
não me importo com o que vão falar,
preciso sobreviver.

Na hora de deixar este mundo,
tudo o que importa é a certeza
de que fui feliz,
e que minha vida valeu a pena.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Último Vôo.

Estava na frente do computador realizando uma das tarefas mais complexas que pode ser realizada naquele aparelho. Uma que requer uma série de atributos, agilidade, reflexo, raciocínio lógico, estratégia, coragem, astúcia, enfim, qualidades imprescindíveis para um bom jogador sobreviver no desenrolar dessa ocupação.

Mas, num dado momento importantíssimo para a minha sobrevivência na partida, começei a ouvir um barulho estranho, olho para os lados e não vejo nada. Novamente o barulho. Dessa vez não houve como não perceber. Lá estava ela, enorme, pegajosa e nojenta.

Passei a observá-la, cuidadosamente acompanhei seus movimentos e através deles estabeleci os meus. Estiquei o braço e com um movimento calmo mas vigoroso alcancei o intrumento que serviria como minha arma mais poderosa contra o inimigo. Percebi que ela também me observava, e que calculava bem seus movimentos.
Sabia que ela estava a espera de um vacilo meu para me atacar, mas eu também estava ao seu aguardo. Sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria se mover.

Levantei-me sem pressa, vi que ela me acompanhava a todo instante. Me posicionei de maneira que pudesse atacar e me defender de acordo com o que a situação exigisse. Não tirava os olhos dela. Percebi que estava pronta para me atacar, ela estava se preparando, se posicionando estrategicamente para um ataque eficiente.

Finalmente estava pronta. A batalha a ser travada estava próxima. Ela arqueou suas asas e então levantou vôo. Me esquivei do seu primeiro ataque, tentei contra atacar mas ela não me deu chance. Continuava calmo, frio e calculista, a espera. Novamente deu um rasante sobre mim e novamente me esquivei. Ela parou no ar e ficou por instantes a me estudar. Ela preparara seu ataque final.

Agora via que era o momento certo para arevanche. Mantive a guarda alerta. Ela procurou um espaço para se posicionar para ataque. Novamente arqueou suas asas se preparando para o fim. Quando tentou levantar vôo disparei em sua direção com todo o vigor e agilidade que poderia ter. Foi um golpe rápido, mas muito forte. Não havia como escapar. Ela foi abatida.

VITÓRIA!

Foi o último vôo daquela barata.