quarta-feira, 26 de março de 2008

O Último Vôo.

Estava na frente do computador realizando uma das tarefas mais complexas que pode ser realizada naquele aparelho. Uma que requer uma série de atributos, agilidade, reflexo, raciocínio lógico, estratégia, coragem, astúcia, enfim, qualidades imprescindíveis para um bom jogador sobreviver no desenrolar dessa ocupação.

Mas, num dado momento importantíssimo para a minha sobrevivência na partida, começei a ouvir um barulho estranho, olho para os lados e não vejo nada. Novamente o barulho. Dessa vez não houve como não perceber. Lá estava ela, enorme, pegajosa e nojenta.

Passei a observá-la, cuidadosamente acompanhei seus movimentos e através deles estabeleci os meus. Estiquei o braço e com um movimento calmo mas vigoroso alcancei o intrumento que serviria como minha arma mais poderosa contra o inimigo. Percebi que ela também me observava, e que calculava bem seus movimentos.
Sabia que ela estava a espera de um vacilo meu para me atacar, mas eu também estava ao seu aguardo. Sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria se mover.

Levantei-me sem pressa, vi que ela me acompanhava a todo instante. Me posicionei de maneira que pudesse atacar e me defender de acordo com o que a situação exigisse. Não tirava os olhos dela. Percebi que estava pronta para me atacar, ela estava se preparando, se posicionando estrategicamente para um ataque eficiente.

Finalmente estava pronta. A batalha a ser travada estava próxima. Ela arqueou suas asas e então levantou vôo. Me esquivei do seu primeiro ataque, tentei contra atacar mas ela não me deu chance. Continuava calmo, frio e calculista, a espera. Novamente deu um rasante sobre mim e novamente me esquivei. Ela parou no ar e ficou por instantes a me estudar. Ela preparara seu ataque final.

Agora via que era o momento certo para arevanche. Mantive a guarda alerta. Ela procurou um espaço para se posicionar para ataque. Novamente arqueou suas asas se preparando para o fim. Quando tentou levantar vôo disparei em sua direção com todo o vigor e agilidade que poderia ter. Foi um golpe rápido, mas muito forte. Não havia como escapar. Ela foi abatida.

VITÓRIA!

Foi o último vôo daquela barata.

Um comentário:

Neila Lara disse...

kkkkkkkkkkkkkkk
Adorei! E a melhor parte não é o final, é a narração de todo o processo do embate hauehuaheuahuea!